Em uma edição especial do programa Samba na Gamboa, a apresentadora Teresa Cristina recebe o renomado Nei Lopes e a talentosa Fabiana Cozza para uma conversa musical imperdível. O programa, que vai ao ar neste domingo, promete momentos emocionantes e revelações sobre a parceria inusitada entre os dois artistas, que mergulharam em um acervo de obras inéditas do experiente cantor e compositor.
Fabiana Cozza, que lançou em 2023 o aclamado disco “Urucungo” com canções inéditas de Nei Lopes, revisita esse trabalho marcante ao lado do mestre. O álbum, composto por 12 faixas autorais e parcerias com grandes nomes como Wilson Moreira, Leci Brandão, Guinga, Ivan Lins e Francis Hime, ganha destaque na apresentação.
O repertório do programa celebra a rica trajetória de Nei Lopes, com clássicos como “Senhora Liberdade” e “Samba do Irajá”, além de canções emblemáticas criadas em parceria com o saudoso Wilson Moreira, como “Gostoso Veneno”, “Dia de Glória”, “Ré, Sol, Si, Ré” e “Ao Povo em Forma de Arte”.
Nei Lopes, escritor com mais de 50 livros publicados e profundo conhecedor das culturas africanas, compartilha suas memórias e reflexões sobre a vida e a arte. “O destino é inexorável: quando traça, acontece”, brinca o autor, revelando sua paixão pela criação e inovação. “É o prazer de criar e inovar. Mexo muito com o passado. Faço letras invocando o que não vivi, mas eu conheci quem viveu”, explica o sambista.
A conversa entre Nei Lopes, Fabiana Cozza e Teresa Cristina aborda temas relevantes como o movimento negro, a cultura afrobrasileira e a produção literária do artista. “Meu envolvimento com livros tem uma razão muito lógica. Minha formação foi muito tumultuada, principalmente do ponto de vista da história”, declara Nei Lopes, ressaltando a importância de sua dedicação a esses temas.
Nei Lopes, referência no mundo do samba, utiliza sua arte para tratar de temas atemporais com uma linguagem acessível. O artista relembra suas influências e a importância do Salgueiro em sua trajetória.
Fabiana Cozza compartilha o desafio de selecionar o repertório de Nei Lopes para o projeto “Urucungo”. “Fui por uma seleção que me orienta desde o primeiro trabalho. Vou me permitir me emocionar com as canções. Quando o coração escuta e arrepia”, revela a cantora.
A artista também destaca a importância da ancestralidade ao celebrar nomes como Clara Nunes e Dona Ivone Lara. “É um olhar que me centra. Essas pessoas vão fazendo parte da minha trajetória. Uma homenagem é para além de escolher músicas e cantar aquele compositor. É dizer o que você pensa e dialoga”, finaliza Fabiana Cozza.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br