O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de projetos educacionais comuns a todos os países da América Latina como forma de fortalecer a independência da região e evitar interferências externas. A declaração foi feita durante um evento com estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares (COPO) em São Bernardo do Campo (SP), no sábado (18).
Lula enfatizou que nenhum país se desenvolveu sem investir em educação, um desafio que, segundo ele, transcende as fronteiras do Brasil. Ele destacou as parcerias que o governo brasileiro tem estabelecido com países africanos, de língua portuguesa e da América Latina.
“Fizemos também a Universidade da América Latina em Foz do Iguaçu. Queremos formar uma doutrina latino-americana, com professores e estudantes latino-americanos, para sonhar que nosso continente um dia seja independente, e que nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o país, porque não vamos aceitar”, afirmou o presidente.
A fala de Lula ocorre em um contexto de tensões envolvendo ações dos Estados Unidos contra a Venezuela, justificadas como combate ao tráfico de drogas. Alegações da imprensa norte-americana indicam que o exército do país teria realizado ataques a embarcações, resultando em mortes.
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos confirmou ter autorizado a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela. Em resposta, o governo venezuelano acusou os EUA de buscar uma “mudança de regime” e prometeu levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) brasileira manifestou repúdio à postura dos Estados Unidos, classificando-a como uma ameaça à paz na América Latina. Em Trinidad e Tobago, cidadãos protestaram em frente à Embaixada dos EUA contra a morte de pescadores trinitários por militares americanos, incidente descrito como um “ato de agressão injustificado”. O caso gerou debates sobre o apoio do governo trinitário à presença militar de Washington no Caribe.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br