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Bem-Estar

25% das mães manifestam sintomas de depressão pós-parto, segundo a Fiocruz

Psicólogo explica os estigmas por trás da condição e o papel da rede de apoio
Nrb NewsPor Nrb News26 de março de 20255 Minutos de Leitura
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Marcos Torati, psicólogo e psicanalista | Divulgação

A chegada de um bebê é um momento de grande alegria, mas para alguns pais, esse período pode ser marcado por um desafio emocional: a depressão pós-parto. Essa condição, que afeta principalmente as mães, mas também pode ocorrer em pais, é mais complexa do que o “baby blues” e requer atenção e cuidado.

De acordo com dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), aproximadamente 25% das mulheres brasileiras manifestam sintomas da depressão pós-parto em até 18 meses após o nascimento do bebê.

“A transição para a maternidade pode envolver um processo de luto pelas transformações corporais e sociais. Algumas mulheres podem se sentir prejudicadas em suas carreiras e no senso de liberdade. Mães solo, podem buscar na criança um suporte emocional, o que pode gerar um ciclo de frustração e raiva quando o bebê expressa suas necessidades”, comenta Marcos Torati, psicólogo, professor e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP.

A depressão pós-parto é multifacetada, influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais. Alguns fatores de risco podem aumentar a predisposição de um indivíduo a desenvolver essa condição, incluindo: histórico prévio de depressão, eventos estressantes durante a gravidez ou após o parto, autoestima rebaixada, experiências traumáticas anteriores (abuso, violência), gravidez indesejada, problemas de saúde do bebê, falta de apoio emocional, social e conflitos conjugais.

“Muitas mulheres que experienciaram uma má maternagem na infância podem desenvolver depressão pós-parto, pois, nesses casos, quando o bebê nasce e todo o olhar e a assistência se volta para o recém-nascido, elas se deparam com a reativação de sentimentos infantis de rejeição e desamparo. Podem sentir inveja, ciúmes e, consequentemente, raiva do próprio filho ao verem os entes queridos dedicarem cuidados exclusivos somente para o bebê. Por isso, um dos papéis do psicanalista é transformar o bebê repudiado em uma representação simbólica, que esse ódio não é contra a figura real da criança, mas das experiências relacionais traumáticas”, explica o psicólogo.

Quais os sintomas? 

Para Torati, é importante que novos pais e seus familiares estejam atentos aos sinais da depressão pós-parto. Os sintomas podem variar, mas alguns dos mais comuns incluem:

  • Tristeza persistente;
  • Medo de perder o controle ou machucar o bebê;
  • Pensamentos intrusivos e obsessivos (suicidas ou homicidas);
  • Fantasias catastróficas;
  • Irritabilidade e mudanças bruscas de humor;
  • Desejo de isolamento social;
  • Melancolia persistente;
  • Distúrbios do sono e apetite;
  • Sentimento de culpa por rejeitar a maternidade.

“Um outro sintoma que pode se manifestar é a rejeição ao bebê. Esse sentimento, em alguns casos, pode ser um deslocamento de conflitos com o parceiro. O medo de perder a identidade e a atratividade sexual também pode contribuir para a depressão pós-parto”, reforça Torati.

No entanto, para Torati, uma grande questão nesse contexto são as mães que ocultam a depressão pós-parto, ou seja, as mulheres que, para lidar com sentimentos de aversão ao filho, desenvolvem uma formação reativa para mascarar os sentimentos negativos que sentem pela criança.

“Isto pode despertar uma culpa moral, reparada radicalmente através dos cuidados excessivos e das preocupações sufocantes, camuflando assim o desejo de morte inconcebível. Nesse sentido, podemos interpretar a depressão também como um ‘sucesso’ contra a destrutividade, uma formação defensiva para salvaguardar o bebê contra os próprios impulsos destrutivos dirigidos à ele através da depressão, sendo preferível deprimir do que destruir uma vida”, elucida o psicólogo.

Rede de apoio é essencial para a recuperação da mãe

A família e o(a) parceiro(a) desempenham um papel fundamental. O apoio deve ser direcionado tanto à mãe quanto ao bebê. O(a) parceiro(a) pode precisar assumir um papel de “mãe substituta”, oferecendo cuidado e atenção à mãe, que pode estar temporariamente impossibilitada de exercer plenamente esse papel.

Esse cuidado permite que a mãe se sinta cuidada, o que é essencial para que ela possa se vincular ao filho. “Se o pai for um homem biológico, o importante agora é o exercício do seu lado feminino e materno, ser um “dublê de mãe” suficientemente bom. Pois, é a partir da sensação de ser cuidada, tal qual a um bebê, que a mãe poderá cuidar e se vincular ao filho”, comenta ele.

Muitas mulheres são vítimas da narrativa cultural de que o amor materno é inato e incondicional, uma idealização que não corresponde à realidade. Por isso, a depressão pós-parto pode surgir como um enigma emocional que foge a compreensão da própria mãe. Portanto, somente quando essa situação é reconhecida e diagnosticada é que é possível viabilizar a ajuda para a mãe. Entretanto, tudo o que essa mulher pode fazer por si mesma, em termos de autocuidado, depende da existência de um ambiente cuidador, ou seja, requer alguém esteja disponível para cuidar do seu bebê.

“Desse modo, a rede de apoio é o alicerce que possibilita a recuperação da depressão pós-parto, através dele a mãe poderá ter tempo para se dedicar ao tratamento psicanalítico, alimentar-se com calma, ter um sono reparador, tomar banho com tranquilidade, exercitar hábitos de leitura, caminhadas e desfrutar de momentos de prazer e lazer”, finaliza Torati.

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