O mercado financeiro revisou para baixo a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, fixando-a em 4,70%. A estimativa anterior era de 4,72%. A atualização foi divulgada no boletim Focus, pesquisa semanalmente elaborada pelo Banco Central (BC) que reúne as expectativas de diversas instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia nacional.
As projeções para os anos seguintes também passaram por ajustes. Para 2026, a expectativa de inflação recuou ligeiramente, de 4,28% para 4,27%. Já para 2027 e 2028, as estimativas apontam para 3,83% e 3,6%, respectivamente.
Apesar da revisão, a inflação projetada para este ano ainda se encontra acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, o que significa que o limite superior é de 4,5%.
O Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como principal ferramenta para tentar alcançar a meta de inflação. Atualmente, a Selic está definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante de um cenário econômico global ainda incerto e de indicadores que apontam para uma moderação no crescimento interno, o Copom optou por manter a Selic no patamar atual em sua última reunião.
A expectativa dos analistas é que a taxa básica de juros permaneça em 15% ao ano até o final de 2025. Para o final de 2026, a projeção é de uma queda para 12,25% ao ano. Em 2027 e 2028, espera-se que a Selic continue sua trajetória de queda, atingindo 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
O boletim Focus também trouxe atualizações sobre as projeções para o crescimento da economia brasileira. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi revisada de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a projeção permanece em 1,8%. Já para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima um crescimento do PIB de 1,82% e 2%, respectivamente.
No que diz respeito ao câmbio, a previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,45 no final deste ano. Para o final de 2026, a estimativa é que a moeda americana se estabilize em R$ 5,50.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br