O Rio de Janeiro elevou seu nível de alerta para estágio 2, indicando alto risco, em decorrência de uma grande operação policial desencadeada nesta terça-feira nos complexos da Penha e do Alemão. A ação mobiliza um contingente de 2,5 mil policiais civis e militares, com o objetivo de prender líderes criminosos e desarticular o fortalecimento de uma facção.
O Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio de Janeiro informou que diversas vias nas proximidades dos complexos do Alemão, Penha, Chapadão e São Francisco Xavier, na zona norte, além de áreas em Freguesia, Jacarepaguá, e Taquara, na zona sudoeste, estão sujeitas a interdições temporárias devido às operações policiais em curso.
A Rio Ônibus reportou que mais de uma centena de linhas de ônibus tiveram seus trajetos alterados. A Mobi-Rio também comunicou impactos nos corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT, assim como nos serviços de conexão do sistema.
Diante da situação, a prefeitura emitiu as seguintes recomendações à população: evitar circular nas áreas afetadas pelas operações policiais, permanecer em locais seguros e manter-se informada através dos meios de comunicação e canais oficiais do Centro de Operações Rio (COR). A prefeitura também orienta a população a baixar o aplicativo do COR.Rio, disponível para Android e iOS, e a utilizar os telefones de emergência 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros) se necessário.
A operação policial, que segue em andamento, já resultou em um número elevado de mortes. Segundo informações do governo estadual, até o momento, foram realizadas prisões, apreendidos fuzis e uma quantidade ainda não contabilizada de drogas.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) expressou preocupação com o aumento da violência provocado pela operação. A comissão informou que irá solicitar explicações ao Ministério Público e às polícias Civil e Militar sobre as circunstâncias da ação, classificando a situação como uma transformação das favelas em “cenário de guerra e barbárie”.
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, deputada Dani Monteiro (PSOL), criticou a operação, afirmando que “nenhuma política de segurança pode se sustentar sobre esse banho de sangue”. A deputada defendeu a proteção dos moradores e policiais, priorizando direitos, inteligência e planejamento em vez de violência e terror.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

