O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início, nesta quinta-feira (23), a uma visita de Estado à Indonésia, marcando um passo significativo no fortalecimento das relações bilaterais. Já em Jacarta, o presidente foi recebido pelo líder indonésio, Prabowo Subianto, com o objetivo de reforçar a parceria estratégica entre os dois países e discutir temas relevantes da agenda regional e multilateral.
A recepção oficial ocorreu na capital indonésia, com uma pauta abrangente que inclui instrumentos de cooperação em áreas cruciais como ciência, tecnologia, inovação, energia, recursos minerais, medidas sanitárias e fitossanitárias, além de cooperação estatística.
Brasil e Indonésia estabeleceram uma Parceria Estratégica em 2008, sendo a primeira do Brasil no Sudeste Asiático. Essa relação tem se intensificado em diversos setores, incluindo o comércio agrícola, bioenergia, defesa e desenvolvimento sustentável. Em 2024, o intercâmbio comercial entre os dois países atingiu o valor recorde de US$ 6,3 bilhões, com um superávit brasileiro de US$ 2,6 bilhões.
A agenda do presidente inclui ainda a participação no Fórum Econômico Brasil-Indonésia, que reunirá empresários de ambos os países, impulsionando oportunidades de negócios e investimentos mútuos.
A iniciativa de Lula visa uma aproximação política com os países asiáticos, visando a expansão do comércio brasileiro em um mercado com potencial de 680 milhões de habitantes. A visita à Indonésia é também uma resposta à recente visita oficial de Subianto ao Brasil, em julho deste ano, após a 17ª Cúpula do Brics.
Na sexta-feira (24), o presidente Lula tem agendado um encontro com o secretário-geral da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), Kao Kim Hourn. A sede da entidade está localizada na capital da Indonésia.
Na sequência, Lula seguirá para Kuala Lumpur, na Malásia, onde participará da cúpula da Asean e do encontro de líderes do Leste Asiático (EAS). A possibilidade de um encontro com o presidente dos Estados Unidos ainda não foi confirmada.
O Brasil mantém uma Parceria de Diálogo Setorial com a Asean, sendo o único país latino-americano a fazê-lo, com iniciativas de coordenação política e cooperação multissetorial.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br