O Ministério da Saúde apresentou, em Brasília, um projeto ambicioso para modernizar o Sistema Único de Saúde (SUS) com a criação de uma rede nacional de hospitais e serviços de saúde inteligentes, focados em medicina de alta precisão. O objetivo é integrar tecnologia de ponta, especialização avançada e colaboração internacional para otimizar o atendimento ao paciente.
A iniciativa central prevê a instalação de 14 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) automatizadas, operando de forma coordenada nas cinco regiões do país. Adicionalmente, está prevista a construção do Instituto Tecnológico de Emergência no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), considerado o primeiro hospital inteligente do Brasil.
O plano de modernização se estende a outras oito unidades hospitalares, que serão revitalizadas com a participação de universidades e secretarias de saúde. Segundo o Ministério da Saúde, este é um passo crucial para uma nova era de inovação no SUS e na saúde do país. A visão não se limita à construção e modernização física, mas abrange a incorporação de tecnologias e o estabelecimento de parcerias para transferência de conhecimento.
A rede de hospitais inteligentes integra o programa “Agora Tem Especialistas”, que visa ampliar o acesso a atendimento especializado na rede pública. Dados indicam que tecnologias como inteligência artificial e big data podem reduzir em até cinco vezes o tempo de espera em emergências, além de agilizar e aprimorar diagnósticos e assistência especializada.
As 14 UTIs inteligentes serão implementadas em hospitais de Manaus, Dourados (MS), Belém, Teresina, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Brasília, após seleção realizada pelo Ministério da Saúde em conjunto com gestores de 13 estados.
A proposta é oferecer serviços totalmente digitais, com monitoramento constante, integração entre equipamentos e sistemas de informação. A tecnologia auxiliará na previsão de complicações, embasará decisões clínicas, otimizará avaliações e facilitará a troca de conhecimento entre especialistas em diversas regiões. As UTIs estarão conectadas a um centro de pesquisa e inovação, impulsionando o desenvolvimento e a aplicação de novas soluções.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

