Instituições filantrópicas globais anunciaram uma doação de US$ 300 milhões para o Plano de Ação de Belém para a Saúde. O plano foi lançado pelo governo brasileiro durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém. O objetivo central da iniciativa é preparar os sistemas de saúde para lidar com os efeitos do aquecimento global.
A doação foi realizada pela Coalizão para o Clima e o Bem-Estar da Saúde, da qual a instituição beneficente inglesa Welcome Trust faz parte. Alan Dangour, diretor de Clima e Saúde da Welcome Trust, expressou satisfação com o anúncio, destacando que a iniciativa visa combater as causas e consequências das mudanças climáticas para a saúde, alcançando 35 milhões de pessoas em todo o mundo.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o plano é uma estratégia global aberta à adesão de todos os países interessados em adaptar seus sistemas de saúde. Atualmente, 40 países e outras 40 instituições e organizações sociais já manifestaram interesse em participar.
Padilha ressaltou a diversidade dos países que aderiram ao plano, incluindo aqueles com sistemas nacionais públicos de saúde consolidados, como o Brasil e o Reino Unido. O Reino Unido, que preside o G20, apoiará o Brasil na busca por mais adesões ao plano.
O ministro enfatizou a importância de considerar as mudanças climáticas como um dos principais determinantes sociais da saúde. Ele também anunciou que o Brasil utilizará a parceria do Brics para mobilizar mais países e assumirá a responsabilidade regional no continente americano. Vários países das Américas já aderiram ao plano, como Canadá, México, Colômbia e Uruguai.
No Brasil, o Plano de Ação de Belém para a Saúde será implementado em toda a infraestrutura do sistema de saúde, adaptando as construções à realidade de cada região. Isso inclui a construção de infraestruturas de saúde e a forma de transportar insumos e coletar dados.
Padilha enfatizou que as mudanças climáticas não afetam todas as populações da mesma forma e que os recursos serão direcionados prioritariamente às populações mais vulneráveis, seja pela região em que vivem ou pelo grupo social a que pertencem. O plano visa priorizar o cuidado com populações que sofrem com vulnerabilidades sociais, racismo, desigualdade de gênero e dificuldades de acesso aos serviços de saúde.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

