O consórcio Aquavias SP, liderado pela empresa maranhense Internacional Marítima Limitada, garantiu a concessão de 14 linhas de transporte aquaviário no estado de São Paulo, após vencer um leilão público realizado hoje. A proposta vencedora, com um desconto de 12,60% na contraprestação pública, superou a concorrência de outras três empresas.
O pacote de concessões abrange três linhas na Região Metropolitana de São Paulo, três no Vale do Paraíba e oito no litoral paulista, incluindo a crucial travessia de balsa entre Santos e Guarujá.
As linhas aquaviárias atendem, em média, 40 mil passageiros por dia, totalizando 11 milhões de passageiros e 10 milhões de veículos anualmente. O contrato prevê investimentos significativos, estimados em R$ 2,5 bilhões, que serão direcionados para a modernização dos terminais existentes e a substituição das embarcações por modelos elétricos, visando maior sustentabilidade e eficiência.
O modelo de Parceria Público-Privada (PPP) adotado para a concessão tem um prazo contratual de 20 anos. Entre as rotas contempladas no contrato, estão as travessias São Sebastião–Ilhabela, Santos–Vicente de Carvalho, Santos–Guarujá, Bertioga–Guarujá, Cananéia–Continente, Cananéia–Ilha Comprida, Cananéia–Ariri, Iguape–Juréia, Bororé–Grajaú, Taquacetuba–Bororé, João Basso–Taquacetuba, Porto Paraitinga, Porto Varginha e Porto Natividade da Serra.
A assinatura definitiva do contrato está agendada para o primeiro semestre de 2026. O consórcio vencedor já possui experiência no setor, operando duas linhas de transporte marítimo no Maranhão, além de embarcações de apoio portuário e rebocadores. A empresa faz parte do grupo Cantanhede, um conglomerado regional com atuação em construção civil.
O governador Tarcísio de Freitas comentou sobre a complexidade do projeto, destacando a ausência de experiências prévias de concessões de transporte marítimo de passageiros no estado de São Paulo.
Além disso, o governador mencionou a próxima licitação do novo Centro Administrativo do governo estadual, com um valor estimado de R$ 5 bilhões, que está prevista para ocorrer em 15 dias. Este projeto visa reconfigurar o centro de São Paulo, transferindo secretarias e a sede do governo para a região central da cidade.
