O Grand Slam de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, foi palco de conquistas importantes para o judô brasileiro. Daniel Cargnin, na categoria até 73 quilos, e Rafaela Silva, na categoria até 63 quilos, garantiram duas medalhas de bronze.
Rafaela Silva abriu o dia de conquistas para o Brasil. A medalhista de ouro mundial e olímpica iniciou sua trajetória superando a israelense Kerem Primo. Em seguida, a carioca venceu a canadense Jessica Klimkait. Apesar do bom desempenho, Rafaela foi superada pela japonesa Megu Danno na semifinal, seguindo para a disputa do bronze, onde derrotou a kosovar Laura Fazliu com um yuko.
“Estou muito feliz com o meu desempenho. Não foi a medalha de ouro, mas fiz uma boa competição. Consegui ganhar de medalhistas olímpicas, de medalhistas mundiais e de atletas que eu perdi durante o ano. Foi um ano de muito aprendizado. Essa foi a minha última competição e estou muito feliz com o meu desempenho. Vim crescendo bastante. Comecei o ano e não tinha nem classificação no ranking, e hoje eu cheguei na competição como cabeça de chave, 15ª lugar no ranking mundial. Então, estou muito feliz com o meu processo, confiando, acreditando e curtindo o processo”, declarou Rafaela.
Daniel Cargnin também teve um desempenho notável. O judoca gaúcho começou sua participação com uma vitória sobre o alemão Alexander Bernd Gabler, somando quatro yukos e um ippon. Nas oitavas, superou o cazaque Yesset Kuanov. Nas quartas de final, Cargnin venceu Makhmadbek Makhmadbekov, dos Emirados Árabes, com um yuko no golden score.
Na semifinal, Cargnin enfrentou o tadjique Muhiddin Asadulloev. O brasileiro chegou a ter vantagem com um yuko, mas sofreu a virada com um waza-ari, perdendo a chance de avançar para a final. Na disputa pelo bronze, Daniel Cargnin não deu chances ao francês Joan-Benjamin Gaba.
“Estou muito feliz. Fiz lutas duras aqui e acredito que todas as competições de nível internacional têm lutas difíceis, mas foi muito bom, porque refiz a final do Mundial contra o Gaba, da França. Acredito que todas as competições são histórias diferentes. Eu entrei muito confiante para a competição e ultimamente venho tentando não medir meu parâmetro só por vitória ou derrota para estar confiante. Eu tenho que confiar em mim mesmo e vou confiar em todas as competições nas quais entrar. Vou sair de cabeça erguida, independente de ganhar ou perder”, afirmou Daniel Cargnin.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

