Mais de 4,81 milhões de candidatos se preparam para realizar as primeiras provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no próximo domingo (9). Os participantes enfrentarão a prova de redação e 90 questões de múltipla escolha, exigindo não apenas conhecimento em diversas áreas, mas também uma eficiente gestão do tempo, já que terão 5 horas e 30 minutos para concluir o exame.
Para obter um bom desempenho, os candidatos precisarão demonstrar domínio em interpretação de textos, gramática, análise de obras literárias, história, geografia, filosofia, sociologia e língua estrangeira (inglês ou espanhol).
Um professor de história do Rio de Janeiro, Glauco Pinheiro, recomenda que os candidatos leiam o tema da redação antes de iniciar a prova objetiva, e que reservem de uma hora a uma hora e meia para elaboração da redação, evitando deixar a transcrição para o final. Ele também aconselha que os estudantes não recorram a chutes por falta de tempo, a fim de não prejudicar o cálculo da nota.
O cálculo das notas das provas objetivas do Enem é realizado por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia adotada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A TRI avalia a coerência pedagógica do candidato, e não apenas a quantidade de acertos.
A TRI considera a consistência das respostas em relação ao grau de dificuldade de cada questão. A lógica é que um participante que acerta questões difíceis também deve acertar as fáceis, indicando uma aquisição de conhecimento de forma cumulativa.
Cada questão é avaliada com base em três parâmetros: discriminação (capacidade de diferenciar participantes com e sem domínio da habilidade avaliada), dificuldade (quanto mais difícil, maior o valor) e acerto casual (probabilidade de acerto por “chute”).
A nota do Enem não é calculada diretamente pelo número de acertos brutos. Candidatos com o mesmo número de acertos e erros podem ter notas diferentes, dependendo de quais questões foram acertadas ou erradas. Apesar disso, o Inep ressalta que existe uma relação entre o número de acertos e a nota final, de modo que um bom desempenho geralmente resulta em uma nota alta.
Em relação a “chutar” ou deixar questões em branco, o Inep afirma que acertar uma questão no “chute” não necessariamente diminui a nota, mas o valor atribuído a essa resposta é menor em comparação com acertos decorrentes de conhecimento consistente. Deixar uma questão em branco equivale a um erro, portanto, é sempre preferível responder, mesmo que sem certeza, pois uma resposta correta sempre aumenta a nota.
As notas mínimas e máximas do Enem variam a cada edição, dependendo das características das questões. O Inep divulgará as notas mínimas e máximas das provas objetivas por área de conhecimento em janeiro de 2026, juntamente com os resultados individuais dos participantes.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

