O Ministério da Saúde (MS) oficializou a aprovação de cinco Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP), envolvendo a futura Butantan Farma e empresas do setor privado. O objetivo central é a produção de medicamentos essenciais, incluindo antirretrovirais, fármacos oncológicos e tratamentos para doenças raras, destinados a atender às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Butantan Farma é a nova designação da Fundação para o Remédio Popular Chopin Tavares de Lima (Furp), um órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). A mudança ocorreu após a aprovação de um projeto de lei pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), que permitiu a incorporação da Furp ao Instituto Butantan.
O anúncio das parcerias foi feito durante uma reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que contou com a presença do Ministro da Saúde e outras autoridades da área.
As parcerias estabelecidas envolvem colaborações com as empresas privadas Cristália, Prati & Donaduzzi, Biocon Pharma e Nortec, Blanver e Cyg Biotech. A iniciativa visa ampliar a produção de medicamentos cruciais para o tratamento de doenças raras, como fibrose cística e amiloidose, além de oncológicos para leucemias e carcinoma de células renais, e doenças negligenciadas, como o HIV, através da produção de antirretrovirais.
Durante o evento, o Ministério da Saúde também anunciou um investimento de R$ 15 bilhões no setor industrial, resultando no fechamento de 31 novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Essa iniciativa busca impulsionar a produção nacional de produtos estratégicos para o SUS e aumentar a disponibilidade de medicamentos e vacinas para a população.
A seleção de novos projetos de PDP, que envolve a colaboração entre instituições públicas e privadas para a transferência de tecnologia para o país, havia sido interrompida desde 2017. A retomada pelo governo atual resultou no recebimento de um número recorde de 147 novos projetos em resposta a um chamamento público.
As parcerias aprovadas abrangem a produção de: Ivacaftor 150mg (para fibrose cística, em parceria com a Cristália, com produção prevista para após junho de 2026); Tafamidis Meglumina 20mg (para Amiloidose, em parceria com a Prati & Donaduzzi); Dasatinibe 20 e 100mg (para Leucemias, em parceria com a Biocon Pharma e Nortec); Pazopanibe 200mg e 400mg (para carcinoma de células renais, em parceria com a Blanver e Cyg Biotech); e Dolutegravir 50mg + Lamivudina 300mg (antirretroviral para HIV, em parceria com a Blanver e Cyg Biotech, com produção prevista para após abril de 2026).
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

